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domingo, 13 de março de 2016

PROTESTO CONTRA DILMA SUPERA DIRETAS JÁ, DIZ DATAFOLHA.



Manifestações contra a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o PT aconteceram neste domingo (13) em todos os estados do país, em mais de 200 municípios. O maior protesto ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo.

Segundo levantamento do G1, a Polícia Militar contou 3,1 milhões de pessoas nas ruas do país e os organizadores, 6,4 milhões (balanço atualizado às 19h57). O maior número de participantes havia sido registrado no protesto de 15 de março do ano passado: 2,4 milhões, segundo a PM, e 3 milhões pelos dados dos organizadores.

Na capital paulista, a Polícia Militar estima que cerca de 1,4 milhão de pessoas estiveram no ato. Segundo o Instituto Datafolha, o protesto reuniu 500 mil pessoas. Já o movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores, contabilizou 2,5 milhões de pessoas na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, os organizadores falaram em 1 milhão na Praia de Copacabana. A PM não divulgou números.

Também foram realizados protestos de apoio ao governo Dilma, a Lula e ao PT. Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), São Bernardo do Campo (SP), Vitória (ES), Monte Claros e Coronel Fabriciano (MG) e São Luís (MA) tiveram atos a favor do governo petista.

As manifestações foram pacíficas, com poucos incidentes isolados em algumas cidades. Grande parte dos manifestantes vestia verde e amarelo e levava cartazes contra a corrupção, o governo federal e o PT. Além de pedirem a saída de Dilma, várias pessoas protestaram contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lembraram que, na semana passada, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do líder petista.

Outro nome citado nos atos, mas de maneira positiva, foi o do juiz da Operação Lava Jato. Sérgio Moro foi exaltado em faixas em diversas cidades brasileiras.

Em São Paulo, políticos foram hostilizados, entre eles Marta Suplicy (PMDB), o governador do estado, Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador Aécio Neves (PSDB).

As manifestações deste domingo ocorrem após três episódios negativos para o PT e o governo nas últimas duas semanas. O primeiro deles foi uma suposta delação premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O teor da delação, não confirmada por Delcídio, envolve tanto o ex-presidente Lula quanto Dilma em atos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.

Já no último dia 4, o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal (PF), em cumprimento de mandado de condução coercitiva. A ação da PF, ocorrida no âmbito da Operação Lava Jato, foi considerada um "ultraje" por Lula, além de muito criticada por membros do governo e pela própria presidenta Dilma.

O último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente. Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.





MANIFESTAÇÕES EM BELÉM



Vestidos nas cores verde e amarelo, milhares de manifestantes caminharam por ruas de Belém, na manhã deste domingo (13), em um ato que pedia o impeachment da presidente Dilma Rousseff e punições para o ex-presidente Lula e para o Partido dos Trabalhadores (PT).
A organização do evento informou que o ato teve cerca de 50 mil participantes na capital paraense, mas a Polícia Militar ainda não divulgou um balanço oficial.

O ato foi acompanhado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Tropa Choque. Com faixas e cartazes os manifestantes pediam o fim da corrupção no Brasil e deram apoio ao Juiz Sérgio Moro na operação Lava Jato.
O empresário Max Gonçalves, 39 anos, ressaltou a importância do movimento. "Estamos aqui para pedir o fim da corrupção, esse é o momento das famílias se unirem para pedir uma mudança em relação a situação que o país vive. Aqui não tem bandeira partidária, queremos apenas melhorias", disse.
A passeata seguiu pela Avenida Nazaré, passou pela Travessa Quintino Bocaiúva e chegou até a Avenida Visconde de Souza Franco (Doca) após as 11h30.
Ontem, a presidente Dilma pediu paz e respeito às manifestações.  "Eu faço um apelo pela paz e pela democracia", afirmou. "Nós  vivemos um momento em que as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam, e isso é algo que nós temos de preservar”.


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