Manifestações contra a
presidente da República, Dilma
Rousseff (PT), o ex-presidente Lula e o PT aconteceram neste domingo
(13) em todos os estados do país, em mais de 200 municípios. O maior protesto
ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo.
Segundo levantamento
do G1,
a Polícia Militar contou 3,1 milhões de pessoas nas ruas do país e os
organizadores, 6,4 milhões (balanço atualizado às 19h57). O maior número de
participantes havia sido registrado no protesto de 15 de março
do ano passado: 2,4 milhões, segundo a PM, e 3 milhões pelos dados
dos organizadores.
Na capital
paulista, a Polícia Militar estima que cerca de 1,4 milhão de
pessoas estiveram no ato. Segundo o Instituto Datafolha, o protesto reuniu 500
mil pessoas. Já o movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores, contabilizou 2,5
milhões de pessoas na Avenida Paulista. No Rio de
Janeiro, os organizadores falaram em 1 milhão na Praia de
Copacabana. A PM não divulgou números.
Também
foram realizados protestos de apoio ao
governo Dilma, a Lula e ao PT. Recife (PE), Fortaleza (CE), Porto
Alegre (RS), São Bernardo do Campo (SP), Vitória (ES), Monte Claros e Coronel
Fabriciano (MG) e São Luís (MA) tiveram atos a favor do governo petista.
As
manifestações foram pacíficas, com poucos incidentes isolados em algumas
cidades. Grande parte dos manifestantes vestia verde e amarelo e levava
cartazes contra a corrupção, o governo federal e o PT. Além de pedirem a saída
de Dilma, várias pessoas protestaram contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e lembraram que, na semana passada, o Ministério Público de São Paulo pediu a
prisão preventiva do líder petista.
Outro nome citado nos atos,
mas de maneira positiva, foi o do juiz da Operação Lava Jato. Sérgio Moro foi
exaltado em faixas em diversas cidades brasileiras.
Em São Paulo, políticos
foram hostilizados, entre eles Marta Suplicy (PMDB), o governador do estado,
Geraldo Alckmin (PSDB), e o senador Aécio Neves (PSDB).
As
manifestações deste domingo ocorrem após três episódios negativos para o PT e o
governo nas últimas duas semanas. O primeiro deles foi uma suposta delação
premiada feita pelo senador Delcídio do Amaral (PT-MS). O teor da delação, não
confirmada por Delcídio, envolve tanto o ex-presidente Lula quanto Dilma em
atos para interferir nas investigações da Operação Lava Jato.
Já no
último dia 4, o ex-presidente foi levado pela Polícia Federal (PF), em
cumprimento de mandado de condução coercitiva. A ação da PF, ocorrida no âmbito
da Operação Lava Jato, foi considerada um "ultraje" por Lula, além de
muito criticada por membros do governo e pela própria presidenta Dilma.
O último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente. Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.
O último episódio, também envolvendo Lula, foi igualmente criticado pelo governo federal. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) pediu sua prisão preventiva, causando revolta nos aliados do ex-presidente. Membros da oposição no Congresso Nacional viram o episódio com cautela.
Vestidos nas cores verde e amarelo, milhares de manifestantes caminharam
por ruas de Belém, na manhã deste domingo (13), em um ato que pedia o
impeachment da presidente Dilma Rousseff e punições para o ex-presidente Lula e
para o Partido dos Trabalhadores (PT).
A organização do evento informou que o ato teve cerca de 50 mil
participantes na capital paraense, mas a Polícia Militar ainda não divulgou um
balanço oficial.
O ato foi acompanhado pela Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e
Tropa Choque. Com faixas e cartazes os manifestantes pediam o fim da corrupção
no Brasil e deram apoio ao Juiz Sérgio Moro na operação Lava Jato.
O empresário Max Gonçalves, 39 anos, ressaltou a importância do
movimento. "Estamos aqui para pedir o fim da corrupção, esse é o momento
das famílias se unirem para pedir uma mudança em relação a situação que o país
vive. Aqui não tem bandeira partidária, queremos apenas melhorias", disse.
A passeata seguiu pela Avenida Nazaré, passou pela Travessa Quintino
Bocaiúva e chegou até a Avenida Visconde de Souza Franco (Doca) após as 11h30.
Ontem, a presidente
Dilma pediu paz e respeito às manifestações. "Eu faço um apelo pela
paz e pela democracia", afirmou. "Nós vivemos um momento em que
as pessoas podem se manifestar, podem externar o que pensam, e isso é algo que
nós temos de preservar”.
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