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Reprodução Globonews |
O marqueteiro do PT João Santana e a mulher, Mônica Moura,
desembarcaram por volta das 9h50 desta terça-feira (23), no Aeroporto de
Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Ambos
tiveram a prisão decretada nesta segunda-feira pela Justiça por ter
supostamente recebido US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior.
A Polícia Federal suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras investigado na Operação Lava Jato.
Do
aeroporto, o casal foi levado em um avião da Polícia Federal para o
prédio da superintendência, em Curitiba, no Paraná. De acordo com a PF,
eles serão conduzidos ao Instituto Médico Legal de Curitiba para exame
de corpo de delito e, então, retornarão à Polícia Federal onde deverão
prestar depoimento.
O casal estava na República Dominicana, onde participavam da campanha de reeleição do presidente do país.
Com receio de manifestações de grupos anti-PT, a defesa do
marqueteiro pediu à Justiça medidas que evitassem um “odioso espetáculo
pública” na chegada de Santana ao aeroporto internacional de São Paulo,
em Guarulhos.
"Termos em que, confiando que serão
tomadas todas as medidas para que sua chegada ao País não se transforme
em um odioso espetáculo público", diz o documento.
Operação Acarajé
Ambos tiveram a prisão
temporária decretada na 23ª fase da Operação Lava Jato, que investiga a
relação de João Santana com a empresa Odebrecht. A construtora também é
alvo das investigações, por suspeita de ter feito repasses financeiros
ao publicitário no exterior.
O juiz federal Sérgio Moro
determinou nessa segunda-feira (22) o sequestro de um apartamento,
localizado em São Paulo, registrado em nome de Santana e de sua mulher.
Há suspeita de que o imóvel teria sido pago com dinheiro retirado de uma
conta secreta na Suíça.
Em outra medida cautelar em
nome dos investigados, Moro decretou o bloqueio das contas pessoais de
João Santana, de sua esposa, medida estendida ao engenheiro Zwi
Skornicki, representante do Estaleiro Keppel Fels no Brasil, e do
funcionário da empreiteira Odebrecht Fernando Migliaccio.
Do Último Segundo